sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Fábula da tristeza

Na minha rua havia um velho que todos os dias jogava milho aos pombos,
no começo vinham poucos mas, a cada dia a quantidade de pombos aumentava,
o milho se torva insuficiente, os pássaros mais espertos enxotavam os mais fracos que ficavam por perto esperando as migalhas.
O velho vendo isso trazia mais milho, mas não adiantava
cada vez vinham mais pombos,
os espertos continuavam expulsando os fracos que sempre ficavam a espera das migalhas.
E assim ia... Mais milho, mais pombos; mais pombos, mais milho,
cada mais fortes ficavam os fortes e mais fracos ficavam os fracos...

Foi assim com minha tristeza. Ela veio e eu a alimentei,
no outro dia veio com mais fome, e eu lhe dei mais comida.
Minha tristeza se tornava cada vez mais insaciável, e eu continuava a alimentá-la.
E assim foi... Hoje ela consome todo alimento que eu tenho.
Então um dia veio a alegria e bateu em minha porta em busca de comida,
mas tudo foi consumido pela tristeza, mesmo assim ela ficou a espera das migalhas.
Porém nem migalhas sobraram.


MORAL,
Matei minha alegria de fome!

Um comentário:

Nata disse...

O bom é que nossos sentimentos podem ser adormecidos, escondidos, escanteados, mas só morrem junto conosco.

Procura ele aí dentro do bolso ou debaixo do sapato... adoorei teu espaço!