E se sou... Sou o que?
Sou vida que não quero ter
Lascívia falsa do meu corpo doente
Que não mais pretende ser coisa nenhuma
Cercado de pessoas, a boca cala
Nu, não preciso de fala
E assim vou marchando
Vestida ela me olha e me pergunta quem sou
Nua ela me ver. Ver tudo.
Com meu olhar de maníaco
E os dedos entre tuas pernas
Mostro minha alma
Salivo querendo sentir o gosto doce dos seus baixos lábios
E desço
Seus peitos caem em minhas mãos
Meu lar é entre suas pernas
E lá sou quem sempre quis ser
Minha íris é da cor do teu desejo
Com ele eu cresço
E me desfaleço em gozo
Inundo teu corpo com o sêmen de minha alma
Rasgo tuas costas para comer tua carne
O gosto amargo de sangue vem a minha boca
E gozo novamente
Estás morta em meus braços como em minhas visões
És a realização de um sonho insano.